Ex-comandante da marinha francesa, Paul-Henri atuava como diretor de pesquisa subaquática para o Grupo E/M e Titanic Inc., que detinham os direitos exclusivos de salvamento dos destroços, sob a condição de que nada pudesse ser vendido. A Operação Escudo foi deflagrada na região após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis, em julho de 2023. A Ouvidoria também garantiu que continuará com a missão de encaminhar as denúncias e acompanhar as investigações para garantir os direitos da sociedade civil e das forças de segurança. Também estarão disponíveis para aquisição itens pessoais da OceanGate – empresa responsável pela expedição – que pertenciam ao explorador, incluindo uma camiseta e uma jaqueta estampada com a imagem do submersível Titan, que tirou sua vida junto às de outras quatro pessoas.
Por isso, o ex-chefe de gabinete crê que é necessário enaltecer a atuação das forças de segurança pública, contanto que se investigue possíveis excessos nas ações para garantir a transparência e o respeito aos direitos humanos. Nos 40 dias de ação, segundo divulgado pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 suspeitos morreram em supostos confrontos com policiais. Desde o início da ação, instituições e autoridades que defendem os direitos humanos pediam o fim da operação.
Neste período, o cabo José Silveira dos Santos também foi assassinado e o gabinete de Segurança Pública chegou a ser transferido para Santos. A Operação Verão na Baixada Santista, litoral de São Paulo, é 60,7% mais letal do que a Operação Escudo, desencadeada na região ano passado. Em 40 dias de ações, foram 45 mortes de suspeitos comparadas às 28 registradas no mesmo período de tempo em 2023. Cinco dias depois, o cabo PM José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), morreu ao ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos.
Operação Verão é 60,7% mais letal do que Operação Escudo no litoral de SP
De acordo com profissionais especialistas em segurança ouvidos pelo g1, o cenário atual é reflexo da influência do crime organizado na Baixada Santista. “O que nós estamos enfrentando hoje é, realmente, uma guerra entre o estado e criminosos. Eu entendo que, desde que a polícia siga procedimentos bastante claros e técnicos de atuação, melhores notícias o número de mortes é aumentado”, disse o advogado criminalista, mestre em Direito e professor, Rafael Paiva. As mortes da Operação Verão são contabilizadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) desde o dia 3 de fevereiro. Desde então, foram registrados 47 suspeitos mortos, sendo 45 somente em 40 dias.
A Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) o fim da operação policial na região e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. Ao g1, a SSP-SP reforçou que “os casos de mortes em decorrência de intervenção policial (MDIP) são consequência direta da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime organizado”. De acordo com Paiva, o governo quer retomar o poder sobre a Baixada Santista e, por isso, confrontos se tornam comuns.
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No dia 2 de fevereiro, o policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia. O agente chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Santos (SP), mas morreu na unidade. Segundo a Polícia Civil, Marcelo foi atingido por um disparo na cabeça e dois no abdômen. Ele integrava o 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, mas fazia parte do reforço da Operação Verão em Praia Grande (SP).
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Segundo o órgão, os relatos de parente das vítimas demonstram excessos nas ações policiais que precisam ser investigados “para o bem da própria corporação”. A Operação Escudo foi deflagrada em 28 de julho do ano passado, após a morte do policial militar da Rota Patrick Bastos Reis. Ela foi intensificada na região após a execução de Samuel Wesley Costa, outro PM da Rota. No dia 26 de janeiro, o policial militar Marcelo Augusto da Silva foi morto na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão.
De acordo com a SSP-SP, desde o início da 1ª fase da ação, em 18 de dezembro, 912 criminosos foram presos, incluindo 354 procurados pela Justiça, e 654,8 quilos de drogas retiradas das ruas. Além disso, 93 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram recolhidos. Até o momento, foram registradas 47 mortes de suspeitos (veja a tabela abaixo). Em nota, a Ouvidoria de Polícias de São Paulo afirmou que considera “estatísticas de tragédias humanitárias” o número de suspeitos mortos.
Para ele, a omissão do Estado por anos deixou um “vácuo de poder” que foi preenchido pelo crime organizado. O ex-chefe de gabinete da secretaria de Justiça do Estado de São Paulo e doutor em Direito e Ciências Sociais, Cláudio Tucci Junior, também acredita que as ações policiais evidenciam a gravidade e persistência da violência ligada ao crime organizado. Tucci explicou que a rota do tráfico na Baixada Santista é um fator crucial na arrecadação de recursos para o crime organizado, principalmente pelo Porto de Santos. “A sociedade precisa da polícia e seu histórico trabalho profissional, lançando mão de tecnologia e inteligência, como, por exemplo, as câmeras portáteis, que protegem tanto a população quando os policiais”, informou a Ouvidoria, em nota. No entanto, nenhum artefato real recuperado do Titanic estava na casa, pois eram muito valiosos e estavam em museus.
Antes da súbita implosão do submarino Titan, Paul-henri, amante das águas profundas, já havia liderado 37 expedições bem-sucedidas aos destroços do Titanic, supervisionado a recuperação de milhares de artefatos e foi considerado a pessoa que passou mais tempo junto ao navio naufragado. Uma gravação de câmera corporal obtida pelo g1 mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto durante um patrulhamento no bairro Bom Retiro (assista abaixo). No entanto, as 2ª e 3ª fases, que contaram com reforço policial, foram decretadas logo após os assassinatos do soldado PM Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2, e do cabo José Silveira dos Santos, no dia 7 de fevereiro. “As causas nefastas [graves] deixadas por essas organizações criminosas nas populações mais vulneráveis são inegáveis, com impactos profundos na segurança e no bem-estar dessas comunidades”, enfatizou, em relação aos locais alvos de operações. A fixação do empresário pelo famoso navio transparece nos pertences que estão sendo vendidos – réplicas de catálogos de venda da White Star Line para a embarcação de luxo, um enfeite de Natal do Titanic, um capacete de mergulho de cobre chamado escafandro, e outros colecionáveis.